5 teorias da motivação para melhorar seu trabalho

Todo mundo gosta de estar motivado, né? Seja no trabalho ou em qualquer outro aspecto da vida, a gente percebe que muita coisa melhora quando nos sentimos assim. E as organizações podem e devem criar um terreno fértil para a motivação florescer. Quando falamos nas percepções a respeito de reconhecimento, crescimento profissional e segurança psicológica, por exemplo, a comunicação clara e eficaz e o endomarketing podem apoiar e muito esse processo. Mas o que, de fato, motiva as pessoas? Conheça, nesse artigo, 5 importantes teorias da motivação. Elas podem auxiliar na base de diversas estratégias e iniciativas da sua empresa.

Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas (Abraham Maslow)

O psicólogo estadunidense foi um dos primeiros a desvendar nossos impulsos, em 1954. Mais conhecida como “Pirâmide de Maslow”, essa é uma das teorias da motivação mais influentes no campo da psicologia.

Ele propõe que as necessidades humanas seguem uma hierarquia em forma de pirâmide. Dessa forma, elas devem ser satisfeitas em uma ordem de importância que vai da base ao topo, passando por cinco níveis:

• Necessidades Fisiológicas – Alimentação, sono e abrigo
• Necessidades de Segurança – Estabilidade financeira e proteção contra perigos
• Necessidades Sociais – Pertencer a grupos e ter relacionamentos interpessoais
• Necessidades de Estima – Reconhecimento e orgulho
• Necessidades de Autorrealização – Autoconhecimento e crescimento pessoal

A Teoria de Maslow nos lembra que, por trás de metas e resultados estão seres humanos com necessidades profundas. Atendê-las é o primeiro passo para tornar uma equipe motivada e mantê-la assim.

Teoria dos Dois Fatores (Frederick Herzberg)

Em 1959 esse psicólogo dos Estados Unidos apresentou uma das teorias da motivação mais importantes no ambiente organizacional. Também chamada de “Teoria Bifatorial”, aponta para a existência de fatores que influenciam diretamente a satisfação e a insatisfação no trabalho.

Fatores motivacionais – ligados à satisfação, estão sob controle da pessoa e relacionados a objetivos e sentimentos:

• Reconhecimento
• Realização pessoal
• Crescimento profissional
• Função desempenhada

Fatores higiênicos – a ausência desses elementos leva à insatisfação, são circunstâncias externas à pessoa, como as relações com os demais e as condições do ambiente:

• Clima organizacional
• Salário e benefícios
• Estação de trabalho

Atender aos fatores de satisfação e eliminar os fatores de insatisfação são fundamentais para promover o engajamento da equipe, resultando em um ambiente de trabalho mais produtivo e colaborativo. Prover fatores higiênicos é o básico para que os colaboradores não fiquem insatisfeitos e suprir os fatores motivacionais é a chave para mantê-los satisfeitos.

Ou seja, somente aumentar a remuneração dos profissionais ou discutir formatos de trabalho não é o suficiente para motivar a equipe. Ações de endomarketing, por exemplo, podem estimular aspectos internos dos colaboradores, como reconhecimento e crescimento, através da implementação de uma cultura de feedback e rituais de celebração.

Teoria da Expectativa (Victor Vroom)

Ao contrário de teorias que focam em aspectos universais, o psicólogo canadense sugere que a motivação é individual e depende da percepção de cada pessoa sobre três pontos principais:

1. Expectativa – A crença de que o esforço resultará no desempenho desejado
2. Instrumentalidade – A percepção de que o bom desempenho levará ao retorno esperado
3. Valência – O valor que o colaborador atribui às recompensas oferecidas

De acordo com ele, o comportamento resulta de escolhas conscientes entre alternativas em que o propósito seja maximizar o prazer e diminuir a dor. Portanto, o desempenho de um colaborador é baseado em fatores individuais como habilidades, conhecimento e personalidade.

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Essa teoria vai ao encontro de um conceito chamado PE-fit (Person Environment Fit), que correlaciona as características dos indivíduos e organizações. Ou seja, as pessoas têm experiências positivas quando o trabalho proporciona um ambiente compatível com suas características pessoais. Assim sendo, essa adequação é estudada levando em consideração a função, a organização, o grupo de trabalho, a vocação e a cultura organizacional.   

Inteligência Emocional (Daniel Goleman)

Essa é uma das teorias da motivação que oferece uma nova perspectiva para entender e impulsionar a força motriz das pessoas. O psicólogo estadunidense definiu, em 1995, a inteligência emocional como a capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros. Essa habilidade se traduz em cinco pilares:

• Autoconsciência/autoconhecimento – Ter clareza sobre as próprias emoções e como elas influenciam pensamentos e comportamentos
• Autocontrole/autogerenciamento – Regular as emoções de forma eficaz, mesmo em situações desafiadoras
• Automotivação – Direcionar as emoções e energia para alcançar objetivos e superar obstáculos
• Empatia – Perceber e compreender as emoções dos outros, criando um ambiente de trabalho mais positivo.
• Habilidades sociais – Construir e manter relacionamentos saudáveis, colaborando e comunicando-se de forma eficaz

Goleman identificou quatro elementos que compõe a motivação:

• Impulso pessoal para melhorar e alcançar mais
• Compromisso com nossos objetivos
• Iniciativa ou prontidão para agir diante de oportunidades
• Otimismo e resiliência

Ao desenvolver a inteligência emocional, os colaboradores tendem a ter mais engajamento, resiliência, confiança, iniciativa e adaptabilidade.

Motivação 3.0 (Daniel Pink)

Essa é uma abordagem inovadora sobre as teorias da motivação. O autor dos Estados Unidos oferece uma nova perspectiva sobre o que realmente nos motiva no trabalho. A Motivação 3.0 transcende a era 2.0, que era focada em recompensas e punições. Assim, ela reconhece o desejo do ser humano por três pilares:

• Autonomia – As pessoas desejam ter controle sobre seu trabalho, tomar decisões e gerenciar seu tempo. Para incentivá-la, as empresas devem oferecer um ambiente de confiança e empoderamento, onde os colaboradores se sentem donos de seus resultados.
• Maestria/Excelência – O ser humano busca constantemente se aprimorar. Organizações que investem no desenvolvimento de seus colaboradores, através de treinamentos e feedbacks, alimentam essa busca.
• Propósito – As pessoas se conectam mais profundamente ao trabalho quando sentem que estão contribuindo para algo maior que si mesmas. Por isso, companhias com um propósito claro e inspirador geram maior engajamento e produtividade.

Por que conhecer as teorias da motivação?

As diversas teorias da motivação nos oferecem uma rica base de conhecimento para compreender e influenciar o comportamento humano no ambiente de trabalho. Portanto, ao entender motivações intrínsecas e extrínsecas, podemos criar um ambiente mais engajador e produtivo, impulsionando o sucesso da organização.